quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pas de deux...



... encore une fois.

A dança? Não é movimento,



súbito gesto musical


É concentração, num momento,


da humana graça natural.






No solo não, no éter pairamos,


nele amaríamos ficar.


A dança - não vento nos ramos:


seiva, força, perene estar.






Um estar entre céu e chão,


novo domínio conquistado,


onde busque nossa paixão


libertar-se por todo lado...






Onde a alma possa descrever


suas mais divinas parábolas


sem fugir a forma do ser,


por sobre o mistério das fábulas.



Viola de bolso(1950-1967)

Carlos Drummond de Andrade




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