quarta-feira, 21 de julho de 2010

Porquê

Às páginas tantas, pensei para comigo: “Ouve lá, Isabel, para onde é que a vida te leva”?

Tentei responder, mas as respostas…onde estariam elas?

Viver só acaba de uma maneira, na morte. O que fazer para que esta caminhada seja realmente vivida, de modo a que, ao fechar os olhos para não mais os abrir, possamos dizer que nos sentimos completos?

Fui filha, fui neta, fui mãe, fui amiga, fui esposa. O que se espera de uma mulher?

Às vezes pergunto-me se o nosso destino somos mesmo nós que o traçamos, como se pegássemos num lápis de carvão e fossemos arrastando o bico por uma imensa folha de papel branca. Delinearíamos o nosso lar, a nossa família. Trocávamos nessa altura o lápis de carvão e trocávamo-lo por um de côr. A vida seria mais colorida. Mas… ao esboçarmos as coisas mais tristonhas, os lápis de côr voltavam para a gaveta.

Penso então que não. A vida está escrita nos Astros. Imagino-me a olhar pela janela numa noite de luar, contemplando as constelações lá bem no alto, interpretando o seu significado “Olha, vou arranjar emprego, ter um filho e mudar de casa”. Seria caricato, abrir a janela todas as noites à espera que as nuvens desaparecessem para eu poder “ler” o meu destino.

Ocorre-me a minha aversão ao número 6 e todas as coisas más que têm acontecido em alturas diferentes, tendo em comum o 6. Nasci a 26 de Janeiro de 1976. Se fosse a 26 de Junho (6) de 76, ainda entendia, pois 666 segundo dizem é o número do diabo. Assim, não entendo o porquê disto tudo. Coincidências? Já me custa a acreditar e, além disso, não gosto de coisas que não tenham uma explicação.



De volta a “onde me leva a vida”, imagino-me daqui a 20 anos, filhos já criados, ainda a arrastar os dedos pelas teclas de um PC (afinal de contas sou escriturária) e a aperceber-me que nada mudou. A mesma rotina, a mesma vida, a mesma tez carregada.

É estranho como não me sinto viva, não tenho objectivos nem direcções definidas. Contento-me com pouco e esse pouco basta. Ralho a mim mesma “Assim, Isabel, a vida não te leva a lugar nenhum!”

2 comentários:

  1. Olá Elsa.
    Sabes, o curioso é que eu não estou em baixo.Na verdade, não estou mal nem bem. conheces a sensação? Viver porque é esse o nosso papel?
    Há pessoas que, quando se sentem assim, mudam de emprego, por exemplo, em busca de novos desafios. Eu não mudo porque gosto do que faço.Precisava de mudar algo, nem que fosse a carpete da sala! ehehe

    Beijinhoooossss

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  2. É um caso a pensar.E, já com as mãos na massa, troco o candeeiro, a mesa, os sofás, os cortinados, ora, que se lixe, mudo até as paredes!
    ehehe

    Bjksss

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